

FORMAÇÃO ESPETACULAR!: EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
André Cechinel
Rafael Rodrigo Mueller
Um currículo sem currículo: eis a composição formativa idealizada pela escola espetacular neoliberal. No lugar de conteúdos enfáticos, de objetos autônomos que não se reconciliam prontamente com demandas exteriores a eles, de saberes que dialogam com a ciência e a sociedade como alteridades fortes, os alunos aprendem desde cedo a ser "empreendedores de si", "gestores de si", agentes de mobilização de sua própria imagem, isso num mundo em que, curiosamente, como a própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) afirma, as regras do jogo são cada vez mais incertas, maleáveis, fluidas, ditadas por um trânsito contínuo de estímulos, posturas, objetos e mercadorias que já não se deseja mais regular, que já não se pode mais controlar. Em poucas palavras, o presente volume propõe-se a debater essas questões, dirigindo-se a leitores, especialistas no assunto ou não, interessados em compreender os paradoxos da educação hoje.
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arte e literatura na sociedade do espetáculo
André Cechinel
Rafael Rodrigo Mueller
(Orgs)
A educadores e artistas deve caber mais uma vez o direito de (e a coragem para) errar. Sem o erro, não se recupera a capacidade de criar imagens para o desconhecido. A literatura é o terreno da dúvida, não das certezas, e a educação, o terreno em que se lida com o inacabamento. Sendo assim, por que tanto melindre em errar? Que os escritos deste livro fortaleçam dúvidas. Sem isso, não ressignificamos nada.
Cristiano de Sales
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formação humana na sociedade do espetáculo
André Cechinel
Rafael Rodrigo Mueller
(Orgs)
Há tempos que eu não via uma ideia tão boa quanto esta de um cruzamento entre educação e sociedade do espetáculo, ainda mais na encruzilhada dos cinquenta anos do clássico de Guy Debord e do famoso maio de 1968. Os organizadores de Formação humana na sociedade do espetáculo reuniram um conjunto de textos capazes de questionar aspectos fundamentais do funcionamento do nosso mundo educacional e de arrancar cada leitor da sua zona de conforto.
Guy Debord foi um homem extraordinário com um profundo respeito pela vida ordinária. A releitura de sua obra produz estupefação: como foi possível a um homem mergulhado no seu tempo ver com tanta clareza as estruturas do sistema e as suas contradições? Em cada uma das suas famosas teses Debord descobre alguma coisa: destapa, dá a ver, faz emergir, desvela.
O que revela profundamente Debord? Que a "sociedade não canta os homens e suas armas, mas as mercadorias e suas paixões." Este livro desvela engrenagens. A sala de aula não pode se transformar numa mercadoria regida pela lógica do espetáculo para a qual não existe aluno, mas cliente ou consumidor. O que maio de 1968 trouxe à tona? Um universo, inclusive o educacional, autoritário, engessado e violento. Abriu-se uma brecha.
Contestar o espetáculo em 2018 não significa necessariamente negar o prazer da cultura de massa. Implica, porém, uma visão de mundo que não se conforme com a falsa unificação das consciências. Este livro coeso certamente ajudará a compreender os desdobramentos do espetacular no último meio século. Debord vive. E nós? Vivemos diretamente ou sucumbimos ao simulacro da representação?
Juremir Machado da Silva
Professor do PPGCOM/PUCRS
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literatura, ensino e formação em tempos de teoria (com "t" maiúsculo)
André Cechinel
Em Literatura, ensino e formação em tempos de Teoria (com "T" maiúsculo), André Cechinel revela imensa clareza de que a literatura existe hoje, por via de regra, aos pedaços e sempre prestes a desaparecer. O autor, além disso, mostra total consciência de que esse despedaçamento foi produzido por e faz sistema com os circuitos do capital e a sucessão de dramas políticos e tensões socioeconômicas que marcaram o século XX e se prolongam pelo século XXI. Cechinel converge para a conclusão de que o cortejo de crises nos últimos 100 anos foi matando a ideia de progresso, até nos submeter a uma nova temporalidade, alheia à noção de futuro. Uma temporalidade decerto não apenas esteticamente deplorável, mas, a rigor, incompatível com as lentidões que a opacidade do literário solicita para ser interpretada e assimilada às nossas vidas. O autor bem sabe, de resto, que, embora não seja necessariamente eterno e inexpugnável, o conjunto atordoante de condições a que estamos hoje submetidos tem uma força opressiva e acachapante o suficiente para nos impedir de sonhar, mesmo no longo prazo, com um destino para a literatura que não seja o de uma existência parasitária, menor, residual. São esses restos literários que Cechinel recolhe, e é a partir deles que ele tenta pensar - nos termos de uma posição próxima à que Nietzsche chamou de pessimismo de força - o ensino da literatura.
Fábio Lopes da Silva
(UFSC)
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